Ao som do frenético fumegar regressam os homens embarcados,
Os bravos heróis da safra, as faces de tristes semblantes.
Desembarcam com a saudade a latejar, com os sonhos outrora distantes,
Com as mãos queimadas pela maresia dos mares gelados.
O seu tão desejado retornar
Dissipa-se ao passar do vento, ao avistar das famílias amadas.
São eles as almas desembarcadas
Que regressam a casa com o corpo num eterno baloiçar.
O sonho é finalmente vivido
Embalado ao som do chorar sentido.
O abraço é grande e apertado.
Volta o Homem que o seu regresso havia prometido,
Com o cheiro que jamais se tornará desconhecido
Pois o seu perfume é agora salgado.
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