À noite, sentados à mesa de madeira,
Trocámos histórias,
Limpámos da testa a
sueira
E narraram-se as nossas dolorosas memórias.
As velas no seu
sinfónico arder
Foram a luz do entardecer.
Os rostos absortos e
desanimados
Tombaram de tristeza ao narrar dos
desagrados.
Foi o Zé da Maria
Que partiu sem beijar a família.
O Toino da Torreira
Que roubou uma
algibeira.
Foi o Zé da Gafanha
Que outrora ficou sozinho à deriva no mar.
Incendiara-se o seu navio numa manhã
E mais ninguém se conseguiu salvar.
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