13 de janeiro de 2023

Terra da Lâmpada

Ó formosa lâmpada de prata lavrada,
Quantos olhos te cobiçaram,
Quantas mãos desejaram
A tua sublime face prateada.

Ó formosa lâmpada no lustre pendurada,
Nem o Padre te vira ser larapiada
E a gente nos bancos da missa sentada
Não avistara a estranha cara à porta de entrada.

Por ti três dias o sino gemeu, gritou em voz agourada
E a gente que chorou a tua partida
Nunca mais vira o larápio da tua face lavrada.

Ó formosa lâmpada, que a esta terra deste o nome e o ser
De ficar na história d ́Aveiro conhecida
Como a “Terra da Lâmpada” que ninguém viu desaparecer.

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